Será que uma cidade pensada na escala humana e não apenas no traço do arquiteto ou na caneta dos administradores, é possível? Qual o papel do museu na sociedade em que vivemos? De que forma podemos estreitar as barreiras entre o Museu e o território?

O Educativo do Museu de Arte Sacra se propôs a ultrapassar os muros que o separam da Avenida Tiradentes a fim de conhecer os diferentes agentes que habitam, trabalham e se divertem no território dos bairros da Luz e do Bom Retiro.

Mas por que um museu de arte sacra proporia essa ação? Nossa história confunde-se com o processo de formação desses bairros tradicionais da cidade de São Paulo. O Museu de Arte Sacra está instalado no complexo do Mosteiro da Luz, último exemplar de chácara conventual urbana da cidade.

No final do século 18 entre as verdes várzeas dos rios Tamanduateí e Tietê contrastava na paisagem apenas o branco do torreão de nosso edifício feito em taipa. E afinal como ser de fato um museu vivo sem estreitar suas relações com aqueles que por aqui circulam?

Numa deriva pelo território nos deparamos com colombianos, judeus, italianos, coreanos e brasileiros, não só paulistanos, mas também mineiros, cariocas e pernambucanos. Do jovem comerciante à mais antiga moradora do bairro, com 90 anos de Bom Retiro, ouvimos histórias de um lugar onde pulsam diversas vidas: um território vivo.

Encontramos neste processo o barbeiro, o livreiro, o operador de maquinário de cinema, a prostituta, a freira e tantos outros; pessoas tão diferentes e ao mesmo tempo com tantas histórias em comum.

Que tal conhecer um pouco mais sobre esse território a partir daqueles que aqui habitam?

DIVERSIDADE CULTURAL

LAZER

MORAR

TRABALHO

 

Compartilhar