MÉTODO
O curso acontecerá no modo “Live Class” (aula online ao vivo), sendo as aulas gravadas. As gravações são disponibilizadas aos alunos três dias após cada aula ao vivo e ficam disponíveis durante todo o período do curso e por mais 15 dias após seu término. Depois disso, são automaticamente retiradas do sistema.

Este curso é autônomo e não exige participação no primeiro.
Os dois cursos possuem conteúdos diferentes e complementares.

OBJETIVO GERAL
O curso tem como objetivo apresentar um panorama histórico, político e cultural da República Velha (1889–1930), período marcado pela tentativa de modernização do Brasil, pela ascensão das oligarquias do café, pelas tensões entre litoral e sertão, pelo crescimento urbano e por uma vida cultural fortemente influenciada pela Belle Époque francesa, que moldou o gosto estético da elite republicana.
O curso investiga as transformações urbanas, os novos modos de sociabilidade, as artes visuais, o teatro, a música, a literatura, a moda, os salões, a arquitetura e as novas tecnologias que alteraram profundamente a vida nas cidades brasileiras, especialmente Rio de Janeiro e São Paulo.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Compreender a formação da cultura urbana brasileira entre 1889 e 1930.
Analisar a influência da Belle Époque francesa sobre a elite brasileira.
Explorar como o eugenismo e o higienismo moldaram políticas públicas, práticas urbanas e visões de sociedade.
Relacionar arte, moda, política, sociabilidade e economia na vida cotidiana republicana.
Entender como a modernização conviveu com profundas desigualdades sociais.
Identificar artistas, obras, edifícios e movimentos culturais do período.
Estimular pesquisas sobre arte, arquitetura, urbanismo, sociologia e história do Brasil republicano.

CONTEÚDO
06 de abril de 2026
AULA 1 – Arte e Cultura: do academicismo ao início do modernismo
O academicismo da Escola Nacional de Belas Artes (ENBA). Influências francesas e italianas na pintura e escultura. Principais artistas: Rodolfo Amoedo, Eliseu Visconti, Pedro Weingärtner, Belmiro de Almeida, Henrique Bernardelli. As primeiras tensões pré-modernistas. A presença de Rodin no Brasil: a doação a João Batista de Lacerda (Museu Nacional).

13 de abril de 2026
AULA 2 – Literatura, Música e Teatro da Primeira República
Machado de Assis nas últimas décadas (fase madura). Lima Barreto e a denúncia social. Olavo Bilac, Coelho Neto e a vida literária. Música urbana: maxixe, choro, cafés-concerto. A fundação da Academia Brasileira de Letras. O teatro de revista e a cultura popular urbana. Cafés, confeitarias, clubes, sociedades dançantes. Confeitaria Colombo. O surgimento da figura da cocotte tropical. Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth, João do Rio, Heitor Villa-Lobos (fase inicial)

20 de abril de 2026
AULA 3 – Imagens da Contradição: o povo, os trabalhadores e o mundo rural
A “República Oligárquica”: café-com-leite e coronelismo. A vida do trabalhador urbano e a imigração em massa. A modernidade só para alguns. As epidemias e o Movimento da Vacina (1904). As primeiras greves gerais (1917). Vida nas fazendas de café: colonato, exploração e disciplina. Sertão versus litoral: Canudos, Contestado, Cangaço. Fotografias de fazendas. Charges de J. Carlos e Kalixto. Reportagens de Euclides da Cunha.

27 de abril de 2026
AULA 4 – Economia do Café, Política Oligárquica e Modernização Conservadora
A expansão do café e sua centralidade política. Acordos oligárquicos, voto de cabresto e coronéis. Os presidentes do período. Modernização seletiva: estradas de ferro, portos, bancos, mas exclusão das massas. A Primeira Guerra Mundial e seus efeitos econômicos no Brasil. Tratado de Taubaté (1906); dados de exportação e relatórios agrícolas e fotografias ferroviárias

04 de maio de 2026
AULA 5 – As artes na virada do século: transições para o moderno e a ruptura de 1922
A tensão entre o acadêmico e o moderno. Anita Malfatti e a polêmica de 1917. Oswald, Mário, Menotti e o modernismo em formação. A Semana de 1922 como clímax da modernidade brasileira. A crítica ao tradicionalismo e o diálogo com o mundo.

11 de maio de 2026
AULA 6 – A crise da República Velha e a ascensão de novos atores sociais
Tenentismo e rebeliões militares (1922, 1924). A Coluna Prestes e a crítica radical ao sistema oligárquico. As novas classes médias urbanas. A ascensão de Getúlio Vargas. Cultura política e descontentamento social. Manifestos tenentistas, fotografias da Coluna Prestes, reportagens de época. O fim da Belle Époque tropical e a chegada da Era Vargas.

A QUEM SE DESTINA
O conteúdo oferece embasamento para estudiosos de Arte, historiadores, profissionais ligados à literatura e comunicação social, pesquisadores, professores que pretendam desenvolver o tema em sala de aula, profissionais de todas as áreas, estudantes universitários e interessados em geral.

PROFESSOR:
Marcos Horácio Gomes Dias
é Doutor em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Mestre em História Social pela Universidade de São Paulo (USP) e Pós-graduado em Arte e Cultura Barroca pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Também é graduado em Ciências Sociais pela USP e licenciado em História, além de possuir especialização em produção de material didático. Atua como professor universitário, pesquisador e produtor de material didático, além de ser um colaborador constante do Museu de Arte Sacra de São Paulo (MAS). Seu trabalho abrange museus, instituições culturais, universidades e programas de formação para empresários. Desenvolve projetos de pesquisa, cursos presenciais e online, com ênfase na leitura crítica e revisão de conteúdos educacionais. Com ampla experiência nas áreas de Educação, História, Sociologia, Antropologia e Arte, sua trajetória acadêmica e profissional está voltada para o estudo e ensino da Teoria da Cultura, Arte e Linguagem; Teoria da Comunicação; História da Produção da Imagem; História da Arte; História do Barroco e Rococó; Neoclassicismo; Império e Século XIX no Brasil; bem como História da América, Portugal e Itália.

06 dias de aulas
Datas:  06, 13, 20, 27 de abril, 04 e 11 de maio de 2026 (segundas-feiras)
Horário: das 15 às 17h
Carga horária: 12h
Valor:  R$ 360,00 à vista
Inscrições: cursos@museuartesacra.org.br
Whatsapp: +55 (11) 99144-3223 (somente mensagens)
No final do curso o aluno receberá o certificado
O curso será realizado a partir do Microsoft Teams.

BIBLIOGRAFIA:
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BUARQUE DE HOLANDA, Sérgio. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
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LEVY, André. O espetáculo urbano: lazer, imprensa e sociabilidade no Rio de Janeiro da Primeira República. São Paulo: Ed. Unesp, 2011.
LOPES, José Antônio Gonsalves. A cidade e a modernização: urbanismo e reformas no Rio de Janeiro (1895–1910). Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2000.
MATTOS, Hebe. Imprensa, cultura e política no Brasil (1890–1930). São Paulo: Hucitec, 1997.
PRADO JÚNIOR, Caio. Formação do Brasil contemporâneo. São Paulo: Editora Brasiliense, 1978.
PRADO, Caio; FAUSTO, Boris; diversos autores. Economia e sociedade no Brasil do café. São Paulo: Hucitec, 1992.
PRIEST, Susan. Moda e costumes no Brasil: da Belle Époque à década de 1930. São Paulo: Cosac Naify, 2002.
RAVENNA, Fabio. Higienismo, medicina e poder: políticas de saúde e eugenia na Primeira República. São Paulo: Editora Unesp, 2005.
SILVA, Nei. A Semana de 22: formação e repercussões do modernismo em São Paulo. São Paulo: Editora da USP, 2002.
SKIDMORE, Thomas E. Brasil: de Getúlio a Castelo (1930–1964). São Paulo: Paz e Terra, 1988.
VASCONCELLOS, Flávio dos Santos Gomes (org.). Pereira Passos e o Bota-Abaixo: urbanismo, higienismo e poder no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Museu da República, 1995.
VELHO, Gilberto. O colecionismo e as formas de distinção social no Brasil: séculos XIX e XX. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1999.
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