A exposição temporária “Santeiros Populares Paulistas” traz para o Museu Janete Costa de Arte Popular, na cidade de Niterói, estado do Rio de Janeiro, 271 obras da coleção de “paulistinhas” do acervo do Museu de Arte Sacra de São Paulo.
As chamadas paulistinhas compreendem um gênero da escultura sacra brasileira, caracterizado principalmente pela origem no Vale do Paraíba nos séculos XVIII, XIX e início do XX, de inspiração na imaginaria da Ordem Benedito. São imagens devocionais de santos católicos, com formas simplificadas, interior oco, base redonda ou facetada, de pequenas dimensões, e confeccionadas, em sua maioria, em barro cozido. Estas esculturas são exemplares típicos da imaginária paulista, que se destacam como peças de devoção popular, para culto doméstico.
As esculturas eram produzidas por santeiros, que visavam atender à demanda do crescimento na região, especialmente por conta da cafeicultura. O principal objetivo dessas imagens era aproximar a fé da vida das pessoas, que poderiam tê-las agora em seus lares ou ainda carregá-las a tiracolo. Por conta disso, muitas delas têm autoria desconhecida; poucos assinavam suas obras, identificando-as.
Destaques para as esculturas assinadas por Dito Pituba e Juca Angélico, dois dos poucos santeiros populares paulistas que podem ser identificados.