Apresentando a coleção de Ladi Biezus, a exposição propõe uma análise aprofundada nas características escultóricas das peças,
no intuito de desvendar quem eram os mestres santeiros por trás dessa rica produção artística, no estado de São Paulo.

O Museu de Arte Sacra de São Paulo – MAS-SP, equipamento da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, abre a exposição Mestres Santeiros Paulistas do Século XVII na Coleção Santa Gertrudes, com curadoria de Maria Inês Lopes Coutinho. Composta por 54 imagens, a coleção de Ladi Biezus é exposta no MAS-SP, lançando um olhar panorâmico para entender, utilizando as características escultóricas, quantos e quais poderiam ser os artistas que produziram tais esculturas chamadas de “paulistas”, ao longo do século XVII.

Iniciada em 1970 com a aquisição de uma Santa Gertrudes – daí o nome da coleção -, as obras foram sendo incluídas neste acervo sob o critério fundamental de serem imagens “paulistas”. Mais de 45 anos depois, Ladi Biezus inicia uma pesquisa no intuito de separar as peças de acordo com traços em comum, os quais poderiam identificar e agrupar as esculturas conforme suas origens: Frei Agostinho de Jesus e seu círculo espiritual; Mestre de Sorocaba ou Mestre de Porto Feliz, ou ainda nomeado como Mestre de Itu; Mestre de Angra; Mestre do Cabelinho Xadrez; Mestre de Iguape ou Mestre de Pirapora do Bom Jesus, e no fim do século XVII, Mestre Bolo de Noiva. Ainda há um grupo com características diversas, não comuns, que até o presente não puderam ser identificadas em sua autoria. “O importante na exposição desta coleção é a classificação proposta pelo colecionador”, segundo Maria Inês Lopes Coutinho.

De acordo com Ladi Biezus: “Pelo menos a metade das imagens desse Agrupamento, tanto teriam sido executadas pelo próprio Frei Agostinho em diferentes épocas de sua vida, como poderiam ter sido executadas por discípulos trabalhando sob sua direção. Este fato reforça a ideia de não serem tão numerosos os artistas relevantes da época”.

Para o Museu de Arte Sacra de São Paulo – MAS-SP, é com satisfação que esta interessante coleção é apresentada ao público. Nas palavras de José Carlos Marçal de Barros, Diretor Executivo do MAS-SP, e de José Oswaldo de Paula Santos, Presidente do Conselho de Administração: “No silêncio de sua casa, Dr. Ladi Biezus reuniu, observou, percebeu detalhes e interagiu com sua coleção, como só um colecionador sabe e pode fazer, abrindo-a agora para uma discussão profícua acerca de seus significados”.


Exposição:Mestres Santeiros Paulistas do Século XVII na Coleção Santa Gertrudes
Colecionador:
Ladi Biezus
Curadoria: Maria Inês Lopes Coutinho
Abertura: 20 de fevereiro de 2016, sábado, às 11h
Período: 21 de fevereiro a 19 de junho de 2016
Local: Museu de Arte Sacra de São Paulo – www.museuartesacra.org.br
Avenida Tiradentes, 676 – Luz, São Paulo
(11) 3326.3336 – agendamento de visitas monitoradas

Horário: terça-feira a domingo, das 9h às 17h
Ingresso: R$ 6,00 (estudantes pagam meia entrada); gratuito aos sábados. Isentos: idosos acima de 60 anos, crianças até 7 anos, professores da rede pública (com identificação) e até 4 acompanhantes
Número de obras: 54
Dimensões: variadas


Imprensa

Museu de Arte Sacra de São Paulo
Silvia Balady
Tel.: (11) 3814-3382 – contato@balady.com.br

Secretaria de Estado da Cultura
Renata Beltrão
Tel.: (11) 2627.8166 – rmbeltrao@sp.gov.br
Viviane Ferreira
Tel.: (11) 3339.8243 – viferreira@sp.gov.br


Ladi Biezus

Formado em Engenharia Civil pela Escola Politécnica da USP, no ano 1957. Iniciou sua carreira profissional na Grã Bretanha: um ano na Escócia e um ano e meio na Inglaterra (Londres). Especializou-se em Cálculo de Estruturas à Ruptura – “Ultimate Strenght of Structures”, na Universidade de Surrey (Londres). Fez pós-graduação no Royal Technical College de Glasgow, em Mecânica dos Solos. Trabalhou no escritório de cálculo da empreiteira escocesa Babtie Shaw and Morton, e no A.J. & J. D. Harris em Londres. Trabalhou como Engenheiro Projetista em Colônia, Alemanha, na Polensky und Zoellner. De 1969 a 1975, trabalhou na Consultora e Planejamento Asplan. Em 1969/70, criou com mais 4 companheiros a Logos Engenharia, onde se aposentou.

Foi membro do Conselho Honorifico do Museu de Arte Contemporânea da USP, e membro do Conselho do Museu de Arte Sacra. Foi Diretor por 4 anos e membro da Comissão de Arte do Museu de Arte Moderna de São Paulo. Foi o idealizador e gerenciador da publicação de vários livros de Arte. Durante 40 anos, publicou o Calendário Artístico da Empresa Logos Engenharia, em parceria com o MASP, MAC, Pinacoteca e Museu Afro-Brasil. Possui várias publicações técnicas sobre o tema de Construction Management.

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