O Cristo Redentor inspirou Oskar Metsavaht na concepção da exposição Divina Geometria, que esteve cartaz no Museu de Arte Sacra de São Paulo – MAS/SP. A partir de um mergulho na construção da estátua modernista em concreto armado, o artista apresenta uma leitura contemporânea de sua simbologia. E traz a experiência da contemplação do sol como um arquétipo da espiritualidade e da racionalidade humana através da adoração do divino.
“Espiritualidade, arte e arquitetura se cruzaram em uma divina sintonia, criando um dos mais belos e significativos símbolos da cultura universal”, diz o Oskar.
Depois de participar, da coletiva O Sagrado na Arte Moderna Brasileira, no MAS/SP, com as obras Apocalypsis e Contemplatio, e da coletiva para a exposição inaugural do novo espaço de arte contemporânea Azulik Uh May, em Tulum (México), com Ernesto Neto e Paulo Nazareth, Oskar Metsavaht foi convidado pelo Diretor Executivo do MAS/SP, José Carlos Marçal de Barros, para a individual Divina Geometria. Com curadoria de Marc Pottier, a exposição é resultado de uma pesquisa artística, arquitetônica e conceitual sobre o Cristo Redentor, construído nos anos 20, e inaugurado em 1931.
“Eu me permiti a abstração pura e simples e expressei imageticamente o que senti e imaginei”, diz Oskar que, além de pinturas, apresenta fotografias e videoinstalações. “Um dos primeiros monumentos de concreto armado do mundo, a estátua do Cristo Redentor, idealizada em 1922, mesmo ano da Semana de Arte Moderna, definiu parte de nossa arquitetura modernista nas décadas seguintes e a construção também foi pioneira em sua simbologia espiritual e religiosa. Há muitos elementos em sua criação que de alguma forma a colocam dentro de nosso manifesto modernista”, diz Oskar.
Exposição: ‘Divina Geometria’ – Por Oskar Metsavaht
Curadoria: Marc Pottier
Número de Obras: 30
Técnica: pinturas, fotografias e videoinstalações
Dimensões: variadas