Em 2025, a 23ª edição da Semana Nacional de Museus, em conjunto com o Conselho Internacional de Museus (ICOM), estabeleceu como temática central “O Futuro dos Museus em Comunidades em Rápida Transformação”, voltada à reflexão sobre como essas instituições podem adaptar-se e contribuir para um cenário global marcado por mudanças estruturais nos âmbitos social, tecnológico e ambiental.

A redefinição do conceito de museu e a diversificação de suas práticas têm reforçado a importância da interação entre sociedade e patrimônio cultural, impulsionando as instituições museológicas a transcender os limites arquitetônicos e atuar em diferentes territórios. Esse movimento busca ampliar sua função sociocultural, promovendo uma atuação mais dinâmica e integrada às demandas contemporâneas, em consonância com a necessidade de democratização do acesso e valorização da memória coletiva.

Nosso webinário, que integra essa programação nacional e propõe um espaço de diálogo sobre como os museus podem adaptar-se e contribuir positivamente em contextos de transformações aceleradas. Serão realizadas duas mesas que propõem discutir estratégias para fortalecer o vínculo com as comunidades locais, promover a inclusão e utilizar tecnologias emergentes para ampliar o acesso e a participação do público, transmitidas ao vivo pelo canal do MAS-SP no YouTube.

Data de realização: 15 e 16 de maio de 2025
 Horário: 16h00
 Virtual/presencial: Virtual
Local de realização/ Transmissão: https://www.youtube.com/museudeartesacradesaopaulo
Local: Museu de Arte Sacra de São Paulo/MAS-SP
Endereço: Avenida Tiradentes, 676 – Luz, São Paulo (ao lado da estação Tiradentes do Metrô)

Quinta, 15/06
Mesa 1: “Museus em Movimento: Território e Memória Viva”
Foco: Esta mesa propõe uma reflexão sobre o papel dos museus como agentes ativos de escuta, preservação e diálogo com comunidades diversas, especialmente em contextos marcados por rápidas transformações urbanas, sociais e simbólicas. A partir de experiências situadas, os participantes discutem como os museus podem contribuir para processos de valorização das memórias coletivas, justiça social e fortalecimento de identidades locais.

Participantes:
Pe. Mauro Luiz da Silva, diretor e curador do MUQUIFU – Museu dos Quilombos e Favelas Urbanos (MG): com formação ampla em Ciências Sociais, Filosofia, Teologia e História do Patrimônio, atua em diversas frentes de salvaguarda, memória e reparação no contexto afro-brasileiro, articulando patrimônio imaterial, espiritualidade e luta por justiça histórica.

Lucas Almeida, museólogo do Museu dos Aflitos, São Paulo (SP): compartilha sua atuação no bairro da Liberdade e os esforços para articular narrativas historicamente silenciadas, especialmente afro-brasileiras, promovendo reflexões sobre memória, justiça social e a dimensão urbana da museologia.

Mediação: Luciana Barbosa

Sexta, 16/05
Mesa 2: “Estratégias para Construção Coletiva da Memória”
Foco: Esta mesa propõe uma reflexão sobre o papel dos museus como espaços abertos ao diálogo, à escuta e à participação ativa das comunidades na construção da memória coletiva. A partir de experiências situadas, os participantes compartilham estratégias para fortalecer vínculos com os territórios e os sujeitos que os habitam, mobilizando práticas sensíveis de mediação, escuta e valorização das histórias locais. Serão também abordadas as potencialidades do uso crítico de tecnologias emergentes como ferramentas de construção da memória coletiva e sua relação com as comunidades.

Participantes:
Lucas Borges, curador do Museu de Arte Sacra Nossa Senhora do Rosário, Bragança (PA): apresenta a experiência do museu recém-reaberto, voltado ao patrimônio religioso amazônico, que adota uma prática museológica territorializada e colaborativa, engajando comunidades locais na preservação e valorização de suas memórias.

Andrew Britt, coordenador do grupo de pesquisa Remédios RA: historiador interdisciplinar e professor assistente na University of North Carolina School of the Arts. Atua na interface entre história urbana espacial e práticas de pesquisa participativas. Desenvolve projetos que integram tecnologias digitais, especialmente realidade aumentada, como meios de mediar relações sensíveis com o território e estimular a escuta e a colaboração entre instituições culturais e comunidades.

Mediação: Yasmine Machado Lima

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