O Museu de Arte Sacra de São Paulo – MAS/SP, instituição da Secretaria de Estado da Cultura, homenageia a cidade de São Paulo em seu aniversário de 459 anos com a exposição 459 Paulistinhas, composta exclusivamente por esculturas de sua vasta e valiosa coleção.

Entre os paulistinhas da mostra, figuram diversas representações de Sant’Ana, eleita em 1782, pelo Papa Pio VI, como protetora e patrona da Cidade e da Arquidiocese de São Paulo. Apenas em 2008, por ocasião do Ano Paulino, o Papa Bento XVI declarou São Paulo padroeiro da Arquidiocese. Essa é a primeira vez que um número tão grande de paulistinhas da coleção do MAS fica em exposição. “Das mãos dos santeiros às mãos dos devotos, um incalculável número de pessoas utilizou estas diminutas imagens sacras, conhecidas como paulistinhas, em cultos domésticos”, afirma o Presidente do Conselho do Museu, em referência à importância dessas esculturas.

As obras, dispostas em grupos, com destaques individuais, ao longo de uma das salas de exposição do museu, exibem representações diversas de alguns dos principais santos de devoção brasileiros, trazendo materiais e estéticas particulares de cada autor ou região, com altura variando entre 5 e 30 cm.

Os chamados paulistinhas compreendem um gênero da escultura sacra brasileira, caracterizado principalmente pela origem no Vale do Paraíba nos séculos XVIII, XIX e início do XX. São imagens devocionais de santos católicos, com formas simplificadas, interior oco, base redonda ou facetada, de pequenas dimensões, e confeccionadas, em sua maioria, em barro cozido. “Estas esculturas são exemplares típicos da imaginária paulista, que se destacam como peças de devoção popular, para culto doméstico, confeccionadas geralmente em barro, com porte reduzido”, comenta Maria Inês Coutinho, Diretora Técnica do Museu e curadora da exposição.

Essas esculturas eram produzidas por santeiros que visavam atender à demanda do crescimento na região, especialmente por conta da cafeicultura. O principal objetivo dessas imagens era aproximar a fé da vida das pessoas, que poderiam tê-las agora em seus lares ou ainda carregá-las a tiracolo. Por conta disso, muitas delas têm autoria desconhecida. 459 Paulistinhas exibe obras de arte representativas da fé de um povo.

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