Um dos acontecimentos nevrálgicos do nosso período colonial ocorre em fins do século XVII. O fato a que nos referimos é o pedido paulista para a administração direta da mão de obra indígena que o colono da Capitania Meridional utiliza. A requisição é encaminhada pela Câmara da Vila de São Paulo às autoridades da colônia e, depois, da metrópole.
O pedido, contudo, quer alijar do trato com o indígena a Companhia de Jesus que, desde o século XVI, tem a primazia do trabalho missionário e a da mediação entre o colono e a força de trabalho dos silvícolas.
Ante o pedido, que se concretiza no início dos anos 1680, surgem dois grupos no interior da Companhia, posicionados ante a petição paulista. Um deles é favorável à solicitação, propenso então ao colono. Ele está sob a liderança de Alexandre de Gusmão e contará com diversos apoios e integrantes que marcarão o cenário cultural da colônia. Eles serão os chamados padres de colégio.
O outro grupo jesuítico é o dissidente. Na extensão, é o grupo contrário ao pedido do colono. Ele quer a permanência da Companhia no seu papel tradicional que é o trabalho missionário. Em sua visão, esta é a grande justificativa de existência da Ordem inaciana. Sua liderança maior é Antônio Vieira (1680 a 1697), jesuíta que está de volta à colônia em 1681, querendo fugir ao braço da Inquisição portuguesa.

Docente:
Juarez D. Ambires, Licenciado em Letras (1984) e Ciências Sociais (1989). Mestre (2000) e Doutor em Literatura Brasileira (2007) pela Universidade de São Paulo. Atualmente, prepara o seu pós-doutorado sobre Otto Lara Resende e seu livro As pompas do mundo. A orientação está a cargo do Prof. Dr. João Adolfo Hansen, na Universidade de São Paulo. Um de seus trabalhos publicados é Imagens da infância e da adolescência em Otto Lara Resende. A edição é de 2010, feita pela Editora Porto de Ideias. É professor de Língua Portuguesa na FAC – Faculdade da Associação Comercial de São Paulo. É ainda revisor para editoras e particulares.

Data: 27 de fevereiro de 2024 (terça-feira)
Horário: 15 horas
Não é necessário fazer inscrição.
Informações: (11) 3322-5393 – mfatima@museuartesacra.org.br
Local: Museu de Arte Sacra de São Paulo
Endereço: Avenida Tiradentes, 676 – Luz
Estacionamento Gratuito: Rua Jorge Miranda, 43 – Luz (sujeito a lotação)
Para participar basta trazer um 1kg de alimento não perecível.

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