O curso tem por principal objetivo atender de forma prática as três principais questões que norteiam o trabalho da conservação/restauração de têxteis: por quê, o quê e como preservamos um objeto têxtil.


METODOLOGIA DE ENSINO
O NAR – Núcleo de Artes, Conservação e Restauração, de forma responsável e ética, seguindo as diretrizes, resoluções, as cartas e conselhos internacionais e nacionais, adota um conteúdo que engloba, aborda e executa diversos procedimentos na conservação e restauração em suas diversas fases de intervenção.

O Curso de Conservação e restauro em Têxteis, visa preparar o aluno para a avaliação técnica sobre conservação/restauração de têxteis. Após o conhecimento de materiais e técnicas o aluno aprenderá na prática a executar pequenos restauros em têxteis; manuseio, ficha catalográfica, limpeza, costura e acondicionamento.


CORPO DOCENTE:
 Professora Mestre Joelma Leão, possui graduação em Publicidade e Propaganda pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1989) e mestrado em Multimeios pela UNICAMP (2001). Doutorado em História da Arte/UNICAMP (não integralizado). Foi docente dos cursos de Moda (UNISAL/Americana) e Publicidade e Propaganda (PUC Campinas). Atualmente é responsável pela Aliança Francesa, unidade de Barão Geraldo. Tem experiência na área de Conservação e Restauração de Têxteis Históricos pela Fundação Abegg/Suíça e pelo CIETA/França. Atua nos seguintes temas: tecnologia têxtil e tecnologia têxtil histórica, conservação/restauração de têxteis históricos, história da moda, arte têxtil, moda e comportamento, marketing e marketing digital.

Link para CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/3698000938251550


GRADE
AULA I – 13 de Janeiro

Teórica – De 14h às 16h
1.Introdução à Conservação Têxtil
1.1. Por quê conservamos?
1.1.1. Objetivos (estético, musealização, comercial, exposição, conceitos de sustentabilidade, etc…);
1.1.2. Valoração do Têxtil (Categorias/escolas):
A valoração e a precificação do objeto têxtil: (“matéria-prima, suas propriedades originais, design, mão do designer/tecelão, ou seja: o reflexo no objeto, das características individuais de uma determinada técnica de produção.

Prática – De 16h às 18h
Manuseamento – Conhecimento dos materiais
1.2. Técnica: entender o objeto têxtil
1.2.1. Abordagem técnica: fibra, fio, filamento, composição
1.2.2. Abordagem técnica de tecimento: ligamentos têxteis (estruturas básicas e derivadas, contexto histórico com seus respectivos tipos de ligamentos. Por exemplo, Século XIV, tecidos “façonnés”, o que são, etc…, conforme padrão CIETA);
1.2.3. Abordagem técnica de modelagem: porque se faz necessário esse aprendizado;
1.2.4. Exercícios sobre a identificação e caracterização dos ligamentos têxteis;
1.2.5. Exercícios sobre a identificação e caracterização de partes de objetos têxteis tridimensionais;
1.2.6. Solicitação aos alunos de materiais e objetos têxteis para a aula seguinte, mediante os objetivos de salvaguarda: conservação, conservação preventiva ou restauração.

AULA II – 14 de Janeiro

Teórica – De 14h às 16h
2. Conceitos do Trabalho Têxtil e Introdução às Técnicas de Consolidação
2.1. A Conservação Preventiva. O que é? Conceito. Escolas. Por quê, onde e como se aplica.
Estudos de caso a partir dos objetos trazidos pelos alunos
2.2. A Conservação: O que é? idem
Estudos de caso. Idem ao anterior
2.3. A Restauração: O que é? Idem

Prática – De 16h às 18h
2.4. Introdução à consolidação por costura do objeto têxtil por pontos de costura específicos;
Aprender praticando:
Materiais;
Pontos – Processos de trabalho utilizados na conservação têxtil (securing stiches, running stiches; herringbone, couching).

AULA III – 15 de Janeiro

Teórica – De 14h às 16h
3. Catalogação do objeto Têxtil e Higienização Mecânica e Aquosa (banhos)
3.1. A catalogação do objeto têxtil: Exemplos de fichas de museus, escolas e discussão (particularmente as que utilizava da Fundação Abegg, uma mais simples e outra mais completa)
3.2. Exercício: Orientação para o preenchimento das fichas catalográficas conforme os objetos trazidos pelos alunos e mediante o conhecimento já adquirido;

Prática – De 16h às 18h
3.3. A Higienização Mecânica e Aquosa (banhos) e a polêmica de sua utilização
Higienização Mecânica;
Tipos de higienização aquosa, bem como tipologias têxteis (bidimensionais e tridimensionais) e problemas encontrados (sujidade, manchas). Por quê a ser utilizado como um “último recurso”?
3.3. Exercício com a higienização mecânica nos objetos têxteis trazidos pelos alunos;
3.4. Demonstração de banho com objeto bidimensional e secagem em mesa de vidro; mediante prova de cores;

AULA IV – 16 de Janeiro

Teórica – De 14h às 16h
4. Adesivos
4.1. Adesivos: utilização conforme o trabalho de salvaguarda. Conceitos prós e contras. Difusão e Solubilidade. Reversibilidade/Retratibilidade.
Discussão sobre materiais: lascaux, dextrin, klucel, beva.

Prática – De 16h às 18h
4.2. Experimentações com adesivos, espátula térmica e tipologias têxteis.
4.3. Exercício para casa: Estudo de caso da bandeira da Faculdade de Medicina da USP.

AULA V – 17 de Janeiro

Teórica – De 14h às 16h
5. Acondicionamento do objeto têxtil
Possibilidades de acondicionamentos conforme objetivos de expografias. Materiais e técnicas.
Estudo do ambiente: luminosidade e climatização.
5.1.1. O quê: objeto a ser exposto ou guardado em reservas técnicas?
5.1.2. Onde: Espaço, condições ideais de temperatura e iluminação;
5.1.3. Como: Estruturas possíveis: das mais simples às mais elaboradas e caras

Prática- De 16h às 18h
5.2. Exercícios práticos com a construção de suportes de baixo custo
para uma possível expografia de objetos trazidos pelos alunos


CARGA HORÁRIA: 20 horas
Todos os materiais e EPI serão fornecidos pelo curso.
No final do curso o aluno receberá o certificado.
VALOR: R$ 600,00 à vista ou 2 parcelas de R$ 350,00
INFORMAÇÕES E MATRÍCULAS: nar.contato@gmail.com   – WhatsApp: (21) 991350800 – Secretária do curso – Jussara Barcelos
Local: Museu de Arte Sacra de São Paulo
Endereço: Avenida Tiradentes, 676, Luz. Metro Tiradentes.
Estacionamento gratuito (ou alternativa de acesso): Rua Jorge Miranda, 43
Estacionamento sujeito à lotação

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